terça-feira, 13 de outubro de 2009

Seachange - Interatividade na TV (CSOS 6A)

O cara da vez, da 2ª feira 05.10 na CSOSA, foi o Martin da SeaChange International, empresa há 10 anos no ramo de TV digital, produzindo a tecnologia necessária para a interatividade na TV.

Sabe quando a gente pensa “puts, bem que podia passar aquele filme agooora!” ou “volta que eu não entendi essa parte”? Então, isso é possível com a TV digital, e essa realidade está cada vez mais próxima de nós.
A TV é o meio mais influente, movimentando enorme quantia de $, por meio da relação entre produtores de conteúdo, publicidade e o consumidor. O provedor/servidor é o responsável por unir os 3 pontos.

Só nos EUA, a TV movimenta U$ 75 bi. Pouca coisa...

Hoje a tecnologia de interatividade na televisão já é viável. Não é mais absurdamente caro produzi-la nem comprá-la...

E aí, o que nós publicitários e marketeiros ganhamos com isso????

Com a ajuda da tecnologia, pode-se segmentar a comunicação, sendo possível criar diferentes peças para cada perfil de telespectador. Por ser dirigida, e relacionada ao que ele está assistindo (e a seu perfil), o consumidor aceita melhor a publicidade, desde que não seja invasiva, e entende a sua ligação com o que está sendo comunicado. Isso também faz com que, ao contrário do que tínhamos pensado inicialmente, a comunicação seja mais efetiva. As pessoas podem passar um comercial se quiserem, mas se a comunicação for relevante ela não fará isso, e as empresas também terão maior segurança, além de precisarem se empenhar cada vez mais para atingirem seu target. Como diria nosso querido Louis “um prato cheio para a publicidade!!”

Os modelos interativos permitem exatidão no momento da pesquisa, ao invés das estatísticas (como IBOPE), pois a mensuração do resultado é mais precisa, já que todo consumidor é investigado e este dá um feedback “ao vivo”, no momento que está assistindo TV, ou de acordo com os programas comprados/gravados não sendo necessário esperar apuração de resultados.

A tecnologia de transmissão, ou seja, como o provedor disponibiliza seu conteúdo, é cada vez mais irrelevante: o importante está no conteúdo e não na forma como ele é transmitido.Não importa se é por banda-larga, satélite ou cabo, o que nós queremos mesmo é conteúdo!!!

VOD – Video on demand

Serviço pelo qual o telespectador escolhe o que irá assistir, no momento que irá assistir. Com isso, se a comunicação for relevante, e estiver de acordo com o perfil do consumidor, ela pode ter maior impacto, enquanto o consumidor assiste àquilo que deseja, no momento que deseja. Dependendo do pacote escolhido, há ainda a possibilidade de impedir que o telespectador pule o comercial. Yes, ainda podemos passar nossa propaganda, mas com cuidado para não transformar em uma TV “normal”, total coisa do passado.



Ele pode ser disponibilizado por meio de assinatura mensal, por pagamento por programa ou pode ser de uso livre.

Infelizmente, nosso Brasil ainda está muito atrás dos outros países quanto a essa tecnologia, por causa da concentração de renda, que retardou a entrada da TV a cabo nos lares brasileiros, e por causa da “ditadura” das grandes redes de televisão, que se sentem ameaçadas por estas novas tecnologias.

A melhor novidade?! A NET já está buscando colocar isso no ar.

TIME-SHIFTED TV
Sistema que permite ao usuário gravar os programas que quiser no HD da própria TV. Alguns já conseguem excluir o intervalo comercial durante a gravação.
Com esse sistema, o usuário não precisa mais estar em casa no momento do programa: ele pode assisti-lo em qualquer horário.

INTERACTIVE GAME

Conseguimos fazer da TV um console de vídeo game, onde o jogador consegue jogar com outras pessoas, de outros locais, incluindo vizinhos e familiares. Isso sim que é interatividade. Estamos cada vez mais próximos, interagindo das maneiras mais inusitadas, com pessoas que podem morar a quilômetros de distância.

TUDO ISSO E A PROPAGANDA

A propaganda é o foco de todo o estudo e investimento que se faz nessas tecnologias, pois é ela que dá dinheiro para os provedores de televisão. Há um desafio grande, então, em mudar a forma de se fazer comunicação, e mudar o pensamento de quem faz essa comunicação. Ela agora deve ser muito mais discreta, interativa, e cada vez menos invasiva. O ponto principal da propaganda neste novo cenário é que ela deve trazer cada vez mais entretenimento e conteúdo para o telespectador.

Para os que vêem VOD, há 2/3 a mais de recall da comunicação.

A TV não está mais sozinha: o computador e o celular são fortes concorrentes, e a comunicação deve englobar os 2, de forma dinâmica, verdadeiramente integrada, e não apenas transformando o computador e celular em extensão da TV.

USER GENERATED CONTENT (o consumidor gerando conteúdo)

A TV se torna uma rede social, onde o usuário pode customizar seus menus, recomendar e classificar conteúdos (programas, filmes, notícias) e, ainda, inserir seus vídeos, como se fosse um Youtube, e seus parentes e amigos (aparelhos de TV pré-cadastrados por ele) recebem um aviso de que há atualização deste usuário, e eles têm acesso ao conteúdo.

Multi Screen Solution é uma tecnologia que faz a integração entre aparelhos, que permite que o usuário não precise mais estar em casa para assistir o programa que deseja – mesmo que este tenha sido gravado via time shifted TV. Ele pode estar vendo na TV e, através da integração entre aparelhos, ele pode passar a ver o mesmo programa, do mesmo ponto em que parou, pelo computador, ou pelo celular.
Incrível, assim podemos sair antes do filme acabar e continuar a assistir no parque, praia, trabalho...

O maior desafio é saber como falar com cada geração, que lida com a tecnologia de formas tão diferentes:

>> Aposentados – que nem nossos avós, por exemplo, que não estão acostumados a interagir por meios virtuais.

>> Baby boomers – ou, pessoas da idade dos nossos pais, a geração do controle remoto, das telas de programação da SKY.

>> Generation Y – Nós. Que já estamos acostumados à comunicação e interação virtuais, por meio de redes sociais, além de estarmos em contato e adaptados à tecnologia desde pequenos.

Então, é essa a pergunta que fica: como nós iremos adaptar a tecnologia aos diferentes públicos? Como vamos atingir os aposentados e a generation Y, usando o mesmo meio - a TV interativa?

Amanda Gebara
Gabriela Sanchez
Jade Duarte
Manoela Pontual
Nilton Neto
Paula Iqueda

Nenhum comentário:

Postar um comentário