quarta-feira, 27 de outubro de 2010

REPENSE!

No dia 20 de outubro, recebemos a visita da Margareth Goldenberg. A Margareth é formada em psicologia e é uma das fundadoras do Instituto Ayrton Senna, que nasceu há cerca de 15 anos. Atualmente ela trabalha na REPENSE! e veio nos contar um pouco sobre o foco de abordagem dessa agência. Atualmente a Repense atua no mercado calcada em pilares: engajamento sócio-ambiental das marcas, buscar falar com o cidadão e não com o “consumidor” e a criatividade colaborativa (essência da agência). Um dos principais projetos da Repense em 2010 foi a elaboração da revista Think &Love.*

Depois de passarmos por um semestre inteiro de aulas de “Responsabilidade Sócio-Ambiental Empresarial”, foi interessante ter a presença de alguém que tenha nos explicado finalmente a relevância desse assunto para a aquilo que estudamos: a publicidade. Esperamos que através desse post consigamos transmistir um pouco do que aprendemos durante as quase duas horas de palestra.




Já é bastante comum nos dias de hoje vermos empresas que focam seus esforços de comunicação para apelos “sociais”. Selos “socialmente responsáveis” já se tornaram commodity e ajudar uma causa nobre não é mais um diferencial, é um requisito básico. O fato é que, em meio a tantas informações e terminologias, o consumidor se confunde e já não sabe mais discernir as atuações sociais de cada uma das marcas. Um produto “Orgânico” se confunde com um produto “Verde”, e a sustentabilidade acaba se perdendo entre os tantos produtos que prometem grandes feitos pela natureza.


COMO ENTÃO COMUNICAR A SUSTENTABILIDADE?


O primeiro passo a ser tomado pela maior parte das empresas, é sair da posição cômoda de “fazer por fazer” e engajar seus seguidores. A relação marca x consumidor deve ser aproximada em prol de um bem maior, e não utilizar o bem maior como uma forma de promover a unicamente a marca como acontece hoje. Para isso, segue um guia rápido que a Margareth apresentou para comunicar a sustentabilidade de forma eficiente:



1. Comunique em camadas! Atraia, explique, envolva, sensibilize e por fim, engaje. Uma campanha que tente fazer tudo isso ao mesmo tempo,provavelmente fracassará uma vez que o acúmulo e excesso de informações fará com que o consumidor não absorva nada.

2. Seja claro e direto! Use uma linguagem que se faça entender. Use exemplos, comparações, etc. O público não está interessado em termos técnicos!

3. Seja preciso e comparável! Sempre alinhe-se a padrões e critérios nacionais e globais. Quantifique! Mostre o quanto você está fazendo!

4. Seja coerente! É melhor admitir que faz pouco. A tendência das agências é avaliar as ações das empresas para não colaborarem com greenwashing. Boa intenção não basta!

5. Seja autêntico!


6. Conte histórias, envolva, encante! Lembrando sempre que contar histórias não é só contar coisas boas. O Storytelling está na arte de envolver com histórias e não necessariamente com finais felizes!

7. Crie espaços de interação! Lembre-se de dialogar com todos os stakeholders!

8. Seja transparente!


9. Apresente uma visão positiva do futuro! Visões positivas favorecem o engajamento. Só se engaja quem acredita que pode fazer a diferença. Promover o pânico não é a melhor opção e desmotiva o público!


10. SURPREENDA! INOVE!


Para esquematizar os pontos apresentados, o grupo esquematizou de forma prático com um case interessante sobre a Danoninho. Para aqueles que tiverem curiosidade segue o link:

https://docs.google.com/fileview?id=0B51TaiWRE7jOMThiODVjNjYtMmQ3Ny00YTMxLTlkZmQtM2Y2MjZiNDNkNWEw&hl=en


* ENTENDA MAIS SOBRE O PROJETO THINK & LOVE!


A revista Think&Love, juntamente com o seu portal na internet WWW.thinkandlove.com.br, foram totalmente reformulados no seu novo layout e conteúdo especializado, sobre todas as áreas que envolvem a sustentabilidade e seus três pilares (social, ambiental e econômico). Além disso, para estarem mais próximos de seus leitores e parceiros, será criada uma conta no twitter : @thinkandlove; onde será possível para leitores e parceiros uma nova fonte de informação e interação.
Tanto o site quanto a revista são divididos em ícones que representam o Meio Ambiente; Educação; Saúde; Arte e Cultura; Combate à pobreza e Outros.
Cada um desses ícones representa alguma área socioeconômica que precisa ser divulgada para ter o apoio de qualquer um que possa ajudar, no site e na revista é possível entender um pouco mais sobre essas questões tão importantes na nossa sociedade. Além disso, no site, é disponibilizada informações sobre causas e como podemos ajudar.





ALINE BANDEIRA
FABIANA ALBANESE
GABY DORIS
LETÍCIA VONO

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A propaganda no encalço das novas tecnologias

Há tempos atrás, em filmes de ficção como Star Wars, os personagens se comunicavam pelas galáxias através de ligações, aparecendo “do outro lado da linha” como um holograma em tempo real. Hoje essa mesma tecnologia já não é ficção, e sim realidade. É possível ir ao cinema e assistir filmes especialmente desenvolvidos em 3D com o auxílio de um óculos especial. Logo na sequência da tecnologia ser adotada por grandes cinemas, foi também extendida para as fabricantes de telefisão, possibilitando que essa experiência pudesse ser vivenciada dentro da própria casa do consumidor. Como se isso não fosse suficiente, anteontem, dia 4 de Outubro, a Toshiba anunciou o lançamento de sua televisão 3D que cria imagens automaticamente, sem a necessidade da utilização de um óculos.


Esse é o ritmo no qual a tecnologia vem evoluindo ao longo dos anos, criando novas formas de comunicação e interatividade com o usuário, além de disponibilizar as empresas plataformas cada vez mais atraentes para a divulgação de seus serviços e produtos. A tarefa de manter-se a frente da concorrência na utilização de novas tecnologias como maneira de agregar valor a marca e consquitar o consumidor não é nem um pouco facil, exigindo trabalho arduo da área de marketing e agências de comunicação. Não basta apenas ter conhecimento da inovação, é necessário utiliza-la da maneira correta, explorando os pontos valorizados pelo consumidor com as características compatíveis ao posicionamento da marca. É sobre esse assunto que o texto abaixo decorre, comentando sobre a influência da tecnologia no setor de comunicação, envolvendo desde o branding de marcas famosíssimas até novas formas de negócios e extensões de marca. Para enrriquecimento do assunto, contamos com a palestra de Alexandre Bessa, Gerente de Produto da Yahoo, dia 29 de Setembro na ESPM durante a aula de Abordagens Contemporâneas da Comunicação Mercadológica, conduzida pelo professor Paulo Roberto Ache.


Como todos sabemos, o branding de uma marca é construído através de diversas ferramentas e plataformas de comunicação, sendo que nada mais fácil do que transmitir ao consumidor os atributos que queremos agregar a esta marca, do que através da interatividade. Com isso, a grande maioria das áreas de marketing, e principalmente as agências de comunicação, não deixam passar oportunidades de utilização de tecnologias para cada vez mais agregar valores a marcas. Um ótimo exemplo disso foi o comercial da Philips chamado “Carousel”, que devido sua genialidade e contexto no qual foi desenvolvido, foi premiado em Cannes. Com o intúito de comunicar ao mercado o lançamento de uma nova televisão no formato de cinema 21:9, a Philips utilizou da mais avançada tecnologia para produzir um comercial onde a câmera circulava pela cena congelada de um assalto a banco. O resultado é impressionante e gerou grande repercussão tanto no mundo da comunicação quanto no mercado consumidor, agregando a marca atributos como modernismo, tecnologia avançada, pioneirismo, etc, os quais garantem vantagem competitiva a qualquer player desse setor.


A utilização de tecnologias como essa é muito complexa do ponto de vista mercadológico, pois o investimento necessário é alto e se a empresa não souber explorar todos os seus benefícios, dificilmente obterá um retorno interessante. Para a Ermenegildo Zegna, por exemplo, criar um comercial como o Carousel não é atrativo, pois seu posicionamento não vai de encontro aos valores agregados pela ferramenta. A marca comunica valores como tradição, elegância, sofisticação, características que não são trabalhadas nessa tecnologia, ou seja, para ela seria muito mais interessante utilizar qualquer outra plataforma de comunicação e obter os mesmo resultados (ou resultados muito parecidos) investindo bem menos.

Um outro caso de uso de tecnologia muito bem executado, e que coincidentemente também rendeu premiação em Cannes, foi o caso Twelpforce. A Best Buy desenvolveu um perfil no Twitter através do qual ela tira dúvidas, ouve reclamações e interage rapidamente com qualquer consumidor, tenha ele comprado produtos nas suas lojas ou não. A impressão que fica ao usuário desse serviço é que ele foi atendido imediatamente, que a Best Buy disponibiliza um time 24 horas para responde-lo e preocupa-se com o atendimento a cada cliente. Como se isso não fosse suficiente, a marca ainda consegue atrair novos clientes através do Twitter.


Como vimos no caso do Twelpforce, a internet também é uma plataforma que ainda pode ser extremamente explorada tanto no aspecto inovador quanto interativo. Cada vez mais os investimentos das empresas em internet ganha importância, demonstrando a relevância desse meio no setor de comunicação. Dentro do mundo da internet, uma ferramenta que as empresas estão começando a explorar e já demonstra grande performance são os Social Games, jogos baseados em redes sociais como Orkut e Facebook. Hoje esses jogos movimentam 1,5 bilhão de dólares, com expectativa de crescimento para 4,5 bilhões em 2015. Os usuários passam horas nesse “mundo paralelo”, colhendo frutas, batalhando, entre outras atividades, e existem diversas possibilidades de anúncio para marcas.

De uma maneira geral, as possibilidades provenientes do mundo digital são tão fascinantes e diversas, que estão sendo incansavelmente procuradas e exploradas pelas empresas. Estamos vivendo atualmente uma era de transição, onde o real e o digital se fundem de tal maneira que as próximas gerações não saberão sequer o que é a mídia digital, pois simplesmente não existirá a mídia “não-digital”. As empresas que souberem aproveitar dessas mudanças e usufruir dos benefícios da era digital serão as grandes marcas que ditarão as próximas tendências no mundo dos negócios.